Asfaltamento da BR-422 entre Novo Repartimento e Tucuruí: um sonho prestes a se tornar realidade.

Asfaltamento da BR-422 entre Novo Repartimento e Tucuruí: um sonho prestes a se tornar realidade.

O tão aguardado asfaltamento da BR-422, no trecho entre Novo Repartimento e Tucuruí, com aproximadamente 70 quilômetros de extensão, está em fase final e deve ser concluído ainda este ano. Essa obra representa o fim de uma espera de mais de 40 anos marcada por protestos, manifestações populares e reivindicações de moradores e produtores rurais junto aos órgãos federais em Brasília.

O jornalista Carlos Magno percorreu a rodovia entre Novo Repartimento e Tucuruí e constatou que a maior parte já está pavimentada. Restam apenas cerca de 18 quilômetros, próximos a Tucuruí, para a conclusão total. No local, o movimento de máquinas, equipamentos e trabalhadores da construtora contratada pelo Governo Federal é intenso.

De acordo com engenheiros do DNIT, a previsão é de que até o início de dezembro as obras estejam totalmente finalizadas, incluindo pavimentação, implantação de meio-fio, obras de arte (como drenagem e contenções) e o plantio de grama nas encostas. A expectativa é de que a conclusão traga mais segurança, conforto e desenvolvimento para todos que trafegam pela BR-422.

Asfaltamento da BR-422 entre Novo Repartimento e Tucuruí: um sonho prestes a se tornar realidade.
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A importância da BR-422

A BR-422 é uma rodovia federal de ligação situada inteiramente no estado do Pará. Com 229 quilômetros de extensão, ela começa em Novo Repartimento e termina em Limoeiro do Ajuru, passando por cidades como Tucuruí e Cametá, além dos municípios de Baião e Oeiras do Pará.

Também conhecida como Rodovia Transcametá no trecho entre Tucuruí e Cametá, a BR-422 é estratégica para a integração do sudeste ao norte do estado. Ela serve como rota alternativa para o acesso rodoviário entre as cidades do oeste do Pará e a capital Belém, conectando importantes rodovias como a BR-163, BR-230, PA-263, PA-150 e PA-483.

Um histórico de abandono

Desde sua inauguração, entre 1982 e 1985, a BR-422 nunca havia sido totalmente pavimentada. Apenas em 2023, após décadas de reivindicações, protestos, bloqueios e ações judiciais, o Governo Federal iniciou o asfaltamento do trecho entre Novo Repartimento e Tucuruí.

Asfaltamento da BR-422 entre Novo Repartimento e Tucuruí: um sonho prestes a se tornar realidade.
Asfaltamento da BR-422 entre Novo Repartimento e Tucuruí: um sonho prestes a se tornar realidade.

O percurso apresenta desafios técnicos, sobretudo entre Novo Repartimento e a Vila do Km 50, em Baião, onde o terreno é bastante acidentado, com ladeiras, barrancos e ribanceiras. A partir desse ponto, a rodovia segue por longos trechos mais planos, com retas de até 10 quilômetros sem curvas ou aclives.

Além disso, a BR-422 cruza o lago da Hidrelétrica de Tucuruí, margeia o rio Tocantins por cerca de 5 quilômetros entre Tucuruí e Limoeiro do Ajuru e corta diversos rios e igarapés, como o Trocará Grande, o Ipaú, o Anauerá e o Cupijó.

Asfaltamento da BR-422 entre Novo Repartimento e Tucuruí: um sonho prestes a se tornar realidade.
Asfaltamento da BR-422 entre Novo Repartimento e Tucuruí: um sonho prestes a se tornar realidade.

Comunidades e conflitos ao longo da estrada

A rodovia atravessa a Terra Indígena Trocará e a Reserva Extrativista Ipaú-Anilzinho, no município de Baião, além de passar por várias comunidades quilombolas em Oeiras do Pará, como Arequembaua, França, América e Porto A. Ao longo dos anos, esses grupos protagonizaram manifestações e bloqueios para reivindicar direitos e melhores condições de acesso.

Com tráfego intenso entre Novo Repartimento e Tucuruí, a rodovia é usada por veículos de carga, ônibus e carros particulares. Já no trecho Transcametá, o movimento é menor, mas historicamente marcado pela presença de serrarias ilegais e transporte clandestino de madeira oriunda de desmatamento.

Com a pavimentação finalmente chegando à fase final, a BR-422 deve se consolidar como um importante corredor de integração regional, impulsionando a economia local, melhorando a mobilidade e trazendo mais segurança para milhares de pessoas que dependem dessa rota.

Texto:

Carlos Magno
Jornalista DRT/PA 2627.

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