A recente entrevista entre o deputado Gustavo Gayer do PL – GO. e o jornalista Augusto Nunes lançou luz sobre um debate acirrado que permeia a sociedade brasileira: a profunda crise da imprensa tradicional e a crescente preocupação com a liberdade de expressão na era digital. As declarações do deputado, carregadas de críticas contundentes, ecoam um sentimento de desconfiança em relação aos grandes veículos de comunicação, outrora considerados pilares da informação confiável.
Gayer não hesitou em descrever a imprensa tradicional como “estatizada” e em um estado de decadência alarmante. A acusação de militância ideológica, em detrimento da busca pela verdade, ressoa como um grito de alerta para a perda da objetividade jornalística. A emissora Globo, em particular, foi alvo de críticas severas, com o deputado sugerindo que sua programação representaria um risco para a “saúde” familiar.
A raiz do problema, segundo o deputado, reside na formação dos futuros jornalistas nas universidades, que estariam priorizando a militância em detrimento da ética e da imparcialidade. A anedota do jornalista Alexandre Garcia, relatando a prevalência do desejo de “mudar a sociedade” entre os estudantes de jornalismo, ilustra essa preocupante mudança de paradigma.
A ascensão das redes sociais, por sua vez, emergiu como um divisor de águas, expondo a fragilidade da imprensa tradicional e democratizando o acesso à informação. A célebre frase “We are the Miriam now”, ecoada por Elon Musk, simboliza a transferência do poder informacional para as mãos do povo. No entanto, essa nova realidade enfrenta uma resistência feroz por parte daqueles que se sentem ameaçados pela perda de controle sobre a narrativa.
A tentativa de censura das redes sociais, vista como uma reação desesperada à ascensão da voz popular, acende um alerta sobre os perigos que rondam a liberdade de expressão. A preocupação se intensifica com a possibilidade de o Supremo Tribunal Federal (STF) criar um ambiente hostil para as grandes plataformas digitais, forçando-as a censurar o debate político online.
A estratégia de declarar a inconstitucionalidade do artigo 19 do Marco Civil da Internet, vista como uma “jogada de mestre”, visa responsabilizar as plataformas por conteúdos de terceiros, induzindo-as à autocensura. O receio é que essa medida silencie vozes dissonantes e exclua canais como o da Revista Oeste, que promovem discussões que podem gerar controvérsia.
Apesar do cenário preocupante, o deputado Gayer destaca a atuação da oposição no combate à censura, sinalizando que a batalha pela liberdade de expressão na era digital está longe de terminar. A entrevista, portanto, serve como um chamado à reflexão sobre o papel da imprensa, o poder das redes sociais e os desafios que se impõem à democracia na era da informação.
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