Ministro Alexandre Padilha concede entrevista durante a Cúpula do BRICS.
O ministro da Saúde, Alexandre Padilha, concedeu entrevista coletiva aos jornalistas durante a 17ª Reunião de Cúpula do BRICS, realizada no Museu de Arte Moderna (MAM), no Rio de Janeiro.
Inicialmente, o ministro participou do programa Conexão, da GloboNews, apresentado pela jornalista Leilane Neubarth. Em seguida, atendeu os profissionais de imprensa no tradicional “QQ” (pergunta e resposta rápida). De forma espontânea e cordial, Padilha mostrou-se bastante solícito, sendo bem assessorado, mas com liberdade para interagir diretamente com os jornalistas.
Ao iniciar sua fala, o ministro classificou o dia como histórico, destacando o lançamento de uma parceria entre os países do Sul Global para a eliminação de doenças como malária, dengue e tuberculose. Segundo ele, enfermidades como hipertensão e diabetes também atingem com maior incidência as populações desses países.
Padilha anunciou ainda que o Brasil retomou a produção de insulina humana, graças a uma parceria estratégica com China e Índia. Outro avanço mencionado foi a cooperação com a China para o desenvolvimento de uma vacina contra a catapora, além da produção conjunta de equipamentos hospitalares.
O ministro ressaltou também o novo protagonismo político do Sul Global, destacando que, no bloco do BRICS, saúde e vida são prioridades. Em um tom crítico, alfinetou o ex-presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, dizendo: “Enquanto um presidente de um importante país do hemisfério norte tenta descredibilizar a OMS e a ciência, o BRICS, ao contrário, fortalece as instituições e aposta no conhecimento”. Segundo ele, enquanto os EUA cortam investimentos em vacinas, o Brasil amplia os recursos na área da saúde.

Outro ponto relevante da entrevista foi o anúncio da criação de um instituto tecnológico voltado para a área da saúde, com foco em inovação e produção local.
Durante a coletiva, o jornalista Carlos Magno, de Canaã dos Carajás (PA), questionou o ministro sobre a erradicação da malária na região amazônica, onde a doença ainda é recorrente. Padilha agradeceu pela pergunta e, com seriedade, respondeu: “Sou médico infectologista e, quando fiz residência pela Universidade de São Paulo, morei em Santarém (PA).
Naquela época, no final dos anos 1990, o Brasil registrava cerca de um milhão de casos de malária por ano. Esse cenário começou a mudar com os programas de combate à malária que infelizmente foram paralisados no governo anterior. Com o presidente Lula, retomamos essas ações e, em 2024, já registramos uma redução significativa nos casos da doença. A tendência é continuar caindo agora em 2025.”
Ao final da entrevista, o ministro deixou o local acompanhado de seus assessores e dos agentes da Polícia Federal responsáveis por sua segurança.
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