Belém (PA) – O ministro da Saúde, Alexandre Padilha, liderou, nesta quinta-feira (13), o Dia da Saúde da COP30, marcado pelo lançamento internacional do Plano de Ação em Saúde de Belém, documento reconhecido pela Organização Mundial da Saúde (OMS) como uma das principais estratégias globais para fortalecer sistemas de saúde resilientes às mudanças climáticas.
O Brasil apresenta, nesta edição histórica da conferência, uma das maiores programações sobre saúde já realizadas por um país-sede em uma COP. Ao todo, serão 55 participações em painéis, mesas de alto nível e debates científicos, reunindo especialistas do Ministério da Saúde, secretários, corpo técnico e representantes de organismos internacionais.
Até o dia 21 de novembro de 2025, a agenda brasileira destaca experiências locais, inovação, respostas a emergências climáticas, equidade na saúde e o fortalecimento do SUS como referência mundial em adaptação climática.
Três eixos da participação brasileira
A atuação do Ministério da Saúde na COP30 está estruturada em três pilares:
- Lançamento do Plano de Ação em Saúde de Belém, o primeiro plano global voltado exclusivamente à adaptação do setor de saúde às mudanças climáticas.
- Apresentação de iniciativas e planos locais alinhados à agenda climática, com prioridade para a Amazônia.
- Implementação de ações estruturantes que deixarão resultados permanentes para Belém e para a região.
Os temas debatidos incluem sistemas de saúde resilientes, transformação digital, prevenção e resposta a eventos climáticos extremos, inovação, cobertura universal de saúde, multilateralismo, sustentabilidade e justiça climática – com atenção especial aos povos da Amazônia.
Plano de Ação em Saúde de Belém: um marco global
O destaque do Dia da Saúde foi a apresentação do Plano de Ação em Saúde de Belém, classificado pela OMS como um referencial internacional para orientar políticas de saúde em um cenário de crise climática.
Padilha reafirmou o compromisso do Brasil:
“A COP30 é o espaço para mostrar que o SUS é parte da solução mundial para a crise climática. O Brasil apresenta políticas concretas, baseadas em ciência e participação social.”
O plano é um documento de adesão voluntária por parte de outros países e propõe medidas práticas para ampliar a resiliência do setor de saúde, com apoio de agências multilaterais, filantropias e bancos de desenvolvimento.
A secretária de Vigilância em Saúde e Meio Ambiente do Ministério da Saúde, Mariângela Simão, destacou o caráter mobilizador da iniciativa:
“O Brasil lidera um mutirão global para colocar a saúde no centro das políticas climáticas. O Plano de Belém mostra que é possível agir de forma integrada, solidária e baseada em evidências.”
Novas iniciativas: AdaptaSUS e Mais Saúde Amazônia Brasil
A programação também inclui o lançamento de:
AdaptaSUS, plano nacional de adaptação do setor de saúde às mudanças climáticas;
Agenda Estratégica Mais Saúde Amazônia Brasil, que integra equidade, justiça climática e sustentabilidade na atenção à saúde amazônica.
Essas iniciativas reforçam o compromisso de alinhar o Sistema Único de Saúde (SUS) às metas do Acordo de Paris, ampliando a capacidade de resposta em emergências climáticas e epidemiológicas.
O legado para Belém e para a Amazônia
Além do protagonismo político e técnico, o Ministério da Saúde confirmou um conjunto expressivo de investimentos:
R$ 53 milhões garantidos para ações assistenciais específicas;
Mais de R$ 1,6 bilhão destinados a Belém desde 2023, incluindo:
expansão de unidades básicas de saúde,
novos leitos hospitalares,
ampliação de cirurgias,
aquisição de aceleradores lineares para tratamento do câncer.
Para Padilha, o maior legado é estrutural e permanente:
“A COP30 deixará para a Amazônia um sistema de saúde mais preparado para o futuro: integrado, digital, resiliente e justo.”
Carlos Magno
Jornalista – DRT/PA 2627
Com informações do Ministério da Saúde
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